As primeiras danças sociais, como eram chamadas as danças em casais, surgiram no séc. XIV. Eram a base dance (1350-1550) e o pavane (1450-1650), dançadas exclusivamente por nobres e aristocratas. Nos sécs. XIV e XVII a Inglaterra foi berço da contradanse, também só dançada pela Corte.
A popularização das danças sociais deu-se em 1820 através do Minueto, desenvolvendo-se o cotillos e a quadrille. Já no início do séc. XIX ocorreram rápidas transformações no estilo de dançar. O minueto e a quadrille desapareceram e a Valsa começou a ser introduzida nos sofisticados salões de baile. Logo, a polka e, no início do nosso século, o two-step, one-step, fox-trot e tango, também invadem os salões. A dança social passa então a ser chamada de Ballroom Dancing.
As primeiras documentações sobre Ballroom Dancing foram editadas pela Imperial Society of. Teachers of. Dancing. Profissionais ingleses percorreram vários países para encontrar a síntese de cada ritmo, codificando a forma de dançá-los e a maneira ideal de ensiná-los. Foram os ingleses que criaram as primeiras competições, hoje populares mundialmente, com grandes presenças de duplas americanas, canadenses, alemãs, francesas, escandinavas e japonesas.
No Brasil a dança de salão foi introduzida em 1914, quando a suíça Louise Poças Leitão, fugindo da I Guerra Mundial, aportou em São Paulo. Ensinando valsa, mazurca e outros ritmos tradicionais para a sociedade paulista, Madame Poças Leitão não imaginava que iria criar uma tradição tão forte, seguida por discípulos que continuariam a divulgar a dança de salão, entre elas o Núcleo de Dança Stella Aguiar.
No Rio de Janeiro a dança de salão cresceu nas mãos de Maria Antonietta, que, com várias correntes de professores, fazem o nosso bolero, samba no pé e samba de gafieira famosa no mundo todo.
A Dança de Salão no Brasil
No início do século XIX ocorreram muitas transformações nos estilos de dança social. O minueto e a quadrille desapareceram e a Valsa começa a ser introduzida nos sofisticados salões europeus. E já no início do século XX a polka, o two-step, fox-trot e tango, também começam a ocupar espaço nos salões de baile. Os ingleses criam a Ballroom Dancing e a editam através da Imperial Society of. Teachers of. Dancing; trata-se de uma tentativa de codificar todos os ritmos do planeta e a forma de dançá-los.
Ao contrário do indígena, conforme Ellmerich, os negros conviviam com os senhores e aos poucos foi penetrando nos salões de baile. O lundu, que é uma dança vinda de Angola, como foi citado acima, foi uma dessas danças sincopadas, tipicamente africanas, que penetraram os salões dos brancos. São vários os relatos de historiadores que afirmam a presença negra na dança social.
Conforme Ellmerich, nos depoimentos contidos no livro “Ordem e Progresso” de Gilberto Freyre, têm-se o conhecimento que as danças de salão praticadas no fim do século XIX foram a polca, a valsa, a quadrilha, os lanceiros, o xote, e, para finalizar o baile, o galope. Tudo já era bastante contaminado com a influência européia. As moças iam ao baile de carnê onde eram anotados os compromissos para as danças. A etiqueta impunha na época bastante cerimônia no pedido para esta ou aquela dança: o cavalheiro tinha de reverenciar a dama e solicitar a excelência a honra de dançar com ela a próxima valsa ou polca.
Ainda em Ellmerich, ele afirma que Wanderley Pinho em seu livro “Salões e damas do Segundo Reinado” o seguinte:
“ As damas se aperfeiçoavam com mestres entendidos. Luís Lacombe não tinha mãos a medir e multiplicavam-se salões e saraus onde suas discípulas exibiam passos e passos de bem aprendidas graças coreográficas. Os cabeleireiros e os mestres de dança gozavam de grande prestígio e maiores proveitos. Enquanto o danseur se buscava em uma carruagem luxuosamente atrelada e se remunerava bem, o professor de línguas tinha que marchar a pé daqui para ali para lições pagas com usura.” (Ellmerich, p. 121).
Em 1811, o casal Luís Lacombe chegou ao Rio de Janeiro e anuncia aulas particulares de danças “próprias de sociedade”. O casal ficou e logo mais vieram mais três irmãos para auxiliá-los. Conforme o historiador, os quatro irmãos Lacombe eram todos dançarinos filhos de Louis Lacombe (Lisboa) com Maria Jodes (espanhola).
Mas não vieram somente eles, conforme relatos históricos tiveram inúmeros professores de dança social anunciando no Jornal do Commercio; em 12-10-1840, lê-se no jornal o seguinte anúncio:
“ Lições de Danças. Tendo chegado a esta corte Philipe Caton e sua mulher, têm a honra de participar ao respeitável público que pretendem dar lições de dança tanto em sua casa como em casas particulares; também darão lições em um ou dois colégios; advertem que ensinam todas as danças de costume e os mais bonitos boleros de sala, minuetos de diferentes modos como se usa em Montevidéu e Buenos Aires...” (ibidem, p. 122).
Conforme nos traz Luis Câmara Cascudo, o casal Caton, na noite de 03-07-1845, dançou no Teatro São Pedro a polca pela primeira vez no Brasil. O sucesso foi tamanho que três dias depois tiveram que abrir curso de polca.
São inúmeros os relatos que afirmam sobre a dança de salão brasileira e como a alta sociedade incorporava os estilos que vinham da Europa sobre os auspícios dos mestres de dança que aqui aportavam para ficar morando indefinidamente.
D. Pedro II, conforme consta, gostava de dançar a polca, a valsa e outras danças da época. A princesa Isabel juntamente com seu marido, o Conde d´Eu, faziam inúmeras festas e bailes no seu palácio.
O maxixe era considerado não só uma dança de negro como também de canalhas conforme nos traz Ellmerich; portanto não se dançava o maxixe em casas de família.
Texto do site: http://www.clertonvieiraproducoes.com/curiosidades-pag2.htm
É importante lembrar que a Dança de Salão cresce no cotidiano brasileiro, em virtude de atrair grandes benefícios para a saúde fisica, mental. Os benefícios observados são: melhorar da alto estima, melhorar dos batimentos cardiacas, o raciocínio, desenvolver o bom relacionamento entre as pessoas praticantes da dança, servir como terapia contra o estresse etc.